domingo, 13 de março de 2011

Ellen White Era Contra a Bateria na Música Sacra? - Uma Resposta

Comentários e considerações dos editores e colaboradores
do espaço virtual Música Sacra e Adoração


No início de 2009 foi lançado um artigo bastante polêmico, intitulado "Ellen White Era Contra a Bateria na Música Sacra?"

Neste documento o articulista argumenta que não seria correto, do ponto de vista exegético, utilizar os escritos de Ellen G. White para embasar uma postura de oposição ao uso da bateria e outros instrumentos de percussão no culto Adventista. O foco central do artigo se concentra no texto do livro Mensagens Escolhidas, vol. 2, páginas 31 a 39, na qual a serva do Senhor trata do episódio ocorrido em uma reunião campal em Indiana. Nesta ocasião, devido a vários fatores, inclusive elementos musicais impróprios, houveram manifestações de êxtase, as quais foram vigorosamente combatidas por Ellen G. White.

Acreditamos que a posição defendida por este artigo é tendenciosa e frontalmente contrária à posição histórica da IASD. Apesar disso, reconhecemos o mérito do artigo e, por isto mesmo, seu potencial para causar confusão e divisões na igreja, o qual não pode ser subestimado. Por este motivo, preparamos esta resposta que agora apresentamos à igreja.

Trata-se de um documento no formato de resposta direta, ponto por ponto. Assim, apresentamos o material no formato de duas colunas, sendo que à esquerda encontra-se o artigo original e à direita os nossos comentários.

Devido à extensão, o documento foi dividido em 8 partes, listadas abaixo, mas que não deveriam ser vistas de maneira completamente independente umas das outras. Foram preparados ainda uma lista de referências fornecidas pelo articulista e outra lista de referências e links fornecidos por nós. Estas referências podem ser acessadas clicando-se sobre os respectivos links no texto. Além disso, preparamos um apêndice acerca da visão de Ellen G. White a respeito da condicionalidade profética, uma vez que, no decorrer da argumentação este assunto foi abordado, no sentido de relativizar sua importância nos escritos de Ellen G. White. Fornecemos ainda um arquivo para download, no formato PDF, com todo o material, na íntegra.

A presente resposta foi escrita com oração, meditação e pesquisa. Foi preparada em humildade, mas buscando a defesa da verdade, dentro da vontade revelada de Deus, tanto nas Escrituras Sagradas como também nos escritos de Ellen G. White, os quais nós, Adventistas do Sétimo Dia, reputamos por Divinamente inspirados.

Ressaltamos aos nossos amigos não adventistas que, uma vez que estamos tratando de detalhes interpretativos nos escritos de Ellen G. White, o tema em questão pode parecer não ser relevante fora do contexto da doutrina Adventista do Sétimo Dia. Porém, uma leitura atenta e desprovida de preconceitos doutrinários poderá ser benéfica para o estabelecimento de princípios que acreditamos ser válidos para a adoração cristã em qualquer denominação.

Não pretendemos, com esta resposta, atacar quem quer que seja ou provar o que quer que seja a quem quer que seja. Nosso objetivo foi unicamente fornecer um outro ponto de vista, com forte embasamento Bíblico, teológico e fruto de extensa pesquisa, permitindo que cada leitor e pesquisador sincero tome sua decisão acerca deste assunto polêmico com base em uma visão abrangente e fundamentada. Portanto, nosso objetivo final é a edificação da igreja, o corpo de Cristo, de acordo com a "planta" estabelecida por Ele mesmo.

Esclarecemos desde já que esta resposta não será o início de uma série de debates sobre o tema. Acreditamos que neste documento foram estabelecidos os elementos argumentativos necessários para cumprir os objetivos acima. Eventualmente, poderemos nos utilizar das idéias lançadas nesta resposta para a criação de novos artigos sobre o tema, os quais poderão se concentrar em e/ou detalhar algum ponto mais específico do assunto. Porém, não é parte de nossos planos entrar em réplicas e tréplicas infindáveis e sem sentido.

Finalmente, nossa recomendação é que este artigo seja lido e estudado com o mesmo espírito que norteou a todos os colaboradores, a saber: oração, meditação e pesquisa. E que nesta jornada em busca do conhecimento da vontade de Deus e aplicação da mesma em nossas vidas, possamos desenvolver aqui nesta terra o nosso caráter para o reino celestial.

Terminamos esta apresentação com o seguinte pensamento:

"Uma coisa é desejar ter a verdade do nosso lado, outra é desejar sinceramente estar do lado da verdade" (Richard Whately em "On The Love Of Truth")



Tópicos:

Parte 01 - Introdução

Parte 02 - Tambores: Ponto Central?

Parte 03 - Ellen White e Instrumentos Musicais

Parte 04 - Estilo da Música

Parte 05 - A Bateria e o Fim dos Tempos

Parte 06 - O Uso da Percussão na Igreja Adventista desde 1900

Parte 07 - Um Convite ao Equilíbrio

Parte 08 - Conclusão

Apêndice


Para acessar o documento completo, no formato PDF, clique aqui.

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2 comentários:

  1. Há um conjunto na igreja onde frequento há muitos anos e bem, em uma música que pretendemos cantar, tem um trecho em inglês, porém traduzido pelo coral no fundo. É até uma música cantada pelo Coral Jovem do Rio, Sonho sem fim. E, falaram que precisaram tirar a parte em inglês porque é anti-bíblico. Procurei na internet sobre isso e como achei o blog em um dos maiores sites sobre música adventista, decidi pedir até quem sabe uma postagem somente falando sobre isso. Claro, se for possível. Ou então, um estudo direcionado ao meu email. Disponibilizo: mandyfx7@hotmail.com
    Feliz semana, irmãos!

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  2. Olá Amanda

    O texto chave para a compreensão desta questão é I Coríntios 14. Este texto está analisando especificamente a utilização de línguas estranhas na adoração. O que o apóstolo Paulo fala é que se há alguma mensagem a ser dada, que tudo seja feito de tal maneira que sirva para a "edificação para a igreja" (verso 15).

    Que isto se aplica aos cânticos é evidente, quando ele fala: "cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento." (verso 15).

    Desta forma, se a letra da música puder ser traduzida, esta sempre será a melhor opção, pois é o idioma natural dos ouvintes. A não ser que o contexto da igreja seja tal que todos compreendem o idioma inglês.

    Se a letra não pode ser traduzida, deve-se procurar apresentar uma tradução do texto ao público, seja de forma falada, impressa ou através de recursos multi-mídia.

    Se, por algum motivo, isto não for viável, voces devem optar por retirar o trecho em inglês ou mantê-lo, levando em conta que: "Se não proferirem palavras compreensíveis com a língua, como alguém saberá o que está sendo dito? Vocês estarão simplesmente falando ao ar." (verso 10)

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