Autor: Gene Weingarten (do jornal The Washington Post)
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Destaques:
"Um homem chegou ao Metrô, na estação L'Enfant Plaza, em Washington, DC. Era um jovem alto, usando jeans, camiseta de mangas compridas e um boné de baseball, do time Washington Nationals. Posicionando-se de costas para uma parede, ao lado de uma lata de lixo, abriu um pequeno estojo e retirou um violino. Colocou na caixa aberta diante de si alguns trocados, como incentivo, e começou a tocar o violino."
"...aquele violinista tocando contra uma parede nua, no hall de entrada de uma estação do Metrô era um dos mais destacados violinistas da atualidade, usando um dos mais valiosos violinos jamais construído e tocando algumas das músicas mais elegantes jamais escritas. Esta apresentação foi montada pelo jornal Washington Post, como um experimento não científico, de cunho sociológico, acerca de contexto, percepção e prioridades. Em um ambiente banal, em um momento inconveniente, a beleza conseguiria transcender a tudo isso?"
"É possível observar ainda uma cena reveladora. Um adulto levando uma criança pela mão caminha apressadamente. A criança, de cerca de 3 anos, usa uma agasalho rosa. O adulto, ao ouvir a música, diminui o passo, observa rapidamente, mas decide seguir em frente. A criança, porém, mantém os olhos fixos no violinista, como que hipnotizada. Continua olhando, mesmo quando o adulto a faz mudar de direção. Só desvia os olhos quando o adulto larga a sua mão, para abrir a porta de saída. Mas, ao atravessar a porta, volta-se novamente, como se desejasse voltar para dentro, até que o adulto interpõe-se entre ela e o objeto de sua atenção, bloqueando efetivamente com o corpo a sua linha de visão, obrigando-a a seguir em frente."
"As pessoas, entrevistadas mais tarde, disseram estar ocupadas, ou com outras coisas na cabeça. Uma delas, entrevistada poucas horas depois, não se lembrava de haver qualquer violinista à vista no Metrô, apesar de haver passado a pouco mais de um metro de distância dele. Mas não havia nada de errado com a audição desta pessoa. É que ela estava com fones de ouvido, ouvindo seu iPod. Para muitos de nós, a explosão da tecnologia limitou, e não expandiu nossa exposição a novas experiências. Cada vez mais buscamos informações de fontes que tem a mesma opinião que nós já tínhamos. O com o iPod, ouvimos aquilo que já conhecemos, nós programamos a nossa própria lista de músicas."
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