A Magia do Natal
  Pr. Julio Oliveira   Sanches
  O anúncio na TV chamava a atenção para a "magia do   Natal". A magia materializava-se em comprar, comprar e comprar agora e só   começar a pagar após o carnaval. Concorrer ao sorteio de um carro mediante   determinado valor gasto no shopping, patrocinador do anúncio. Comparecer à   recepção o papai-noel que chegaria de helicóptero no estacionamento, com dia e   hora marcados. Visitar a exposição de carros antigos patrocinada por agência   tal. Ser fotografado com papai--noel, com direito a um chocolate de marca   famosa, a mais conhecida do Brasil e, depois adquiri-lo para a ceia de Natal.   Ah! Não esquecer que no shopping havia uma exposição de cães e gatos, com   direito a doações, mediante sorteio, e aquisição de um bichano. Tudo patrocinado   pela loja "cachorro feliz". Durante a semana artistas renomados e a dupla   caipira da cidade fariam apresentações especiais para os frequentadores do   shopping. As guloseimas da ceia de Natal poderiam ser encomendadas com   antecedência na praça de alimentação, Box 25, a preços irresistíveis. Os que   desejassem, poderiam receber em casa os deliciosos pratos, claro, mediante   pequena taxa a ser paga ao motoqueiro. Afinal era dezembro e o shopping estava   engalanado com a contagiante "magia do Natal". Era só aproveitar e festejar. Em   nenhum momento Jesus foi lembrado. Simples a razão. Jesus nada tem a ver com o   atual Natal.
  No primeiro Natal os anjos cantaram saudando a   chegada do Salvador entre os homens. Pastores foram desafiados a comprovar a   veracidade do canto angelical. Convencidos, espalharam a notícia que um menino,   num berço de palha, dizia ao homem pecador e perdido que a esperança era   realidade. A Graça transbordante oriunda do coração do Pai estava disponível a   todos. Sem sorteios ou magias, o Criador anunciava à criatura decaída que o   caminho de retorno ao lar estava livre. Era só palmilhá-lo.
  Satanás não se alegrou com o primeiro Natal. Mandou   matar as crianças de Belém. Obrigou o menino Salvador a se refugiar além das   fronteias do seu território. O menino cresceu. O inimigo não desanimou um   segundo, tentando demovê-lo da cruz. O maligno vigiou o sepulcro do Senhor para   evitar a ressurreição. Todos os subterfúgios do inimigo foram vencidos pelo   Cristo ressurreto. O Natal prevaleceu com seu encanto e beleza. Sem magias,   apenas com a mensagem do amor do Pai. Era o suficiente.
  Não satisfeito o Diabo apoderou-se do calendário   humano. Introduziu na data em que a humanidade decidiu celebrar a vinda do   Salvador ao mundo, a sua magia. Cores berrantes. Guirlandas, presentes e mais   presentes aos amigos para celebrar o Natal a seu modo. Afastou a presença de   Cristo do verdadeiro Natal. Em seu lugar colocou um velho barbudo, carregando um   saco de presentes numa carruagem puxada por renas. Lá vem papai-noel!!!   Sorteios, dívidas e mais dívidas. Luzes, cores, mesas fartas. Bebedeiras.   Glutonarias, imoralidade e mortes são os presentes do Natal oferecido por   papai-noel. O Natal de Jesus é diferente. O engendrado por Satanás continua   matando os inocentes. Até mesmo nas igrejas o inimigo conseguiu desviar a   atenção dos salvos do menino que nasceu na manjedoura. Celebra-se tudo, menos   Jesus.
  Em sua astúcia Satanás urdiu um plano perfeito para   seus intentos enganadores. Matar crianças, perseguir o menino que nasceu na   manjedoura, não surtiram resultados duradouros. Mas a invenção do papai-noel   continua rendendo fabulosos resultados à contabilidade do inferno. Milhões de   pessoas, inclusive salvos, desistiram de Jesus e entronizaram em suas   comemorações de Natal o velho barbudo e barrigudo. Um ponto para o Diabo e seus   sequazes na luta contra o projeto do Senhor para resgatar a criatura corrompida.   Qual a figura principal do seu Natal? Reflitamos sobre o verdadeiro significado   do Natal de Jesus, restaurando a gratidão porque Deus que se fez homem para   salvar o homem pecador. Feliz NATAL com Jesus como centro das   comemorações.
 
 
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