Antes de prosseguirmos, é importante reconhecermos que a cultura erudita tem suas raízes na estética; a cultura popular tem suas raízes na sociologia. Compará-las é como comparar maçãs e laranjas: Elas são boas quando bem executadas, e as regras acerca do que é "bom" são bastante diferentes para os dois tipos. A Bíblia tem mais a dizer sobre a cultura popular do que sobre a cultura erudita, porque a cultura popular está indissoluvelmente baseada nas relações interpessoais, enquanto que a arte erudita pertence principalmente à revelação geral. De fato, a igreja é uma cultura popular que transcende as fronteiras nacionais e étnicas através de uma Palavra impressa divinamente inspirada.
Existe ainda um terceiro tipo de pressuposto acerca da cultura ou estilo que, no entanto, se vale liberalmente da cultura popular e da cultura erudita. É um impostor e um parasita, porque se baseia no engano. A raiz de sua criação encontra-se naquele evento trágico quando "a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento" (Gênesis 3:6).
Há dois tópicos a serem considerados aqui: O primeiro é que Eva cobiçou – ela desejou algo que não era seu por direito; em segundo lugar, ao comer daquela árvore, ela abriu a caixa de Pandora do conhecimento cada vez maior, resultando em maravilhas tecnológicas que não podemos controlar . E essas maravilhas tecnológicas tiveram um efeito profundo e devastador sobre a nossa capacidade de manter objetos culturais que nos levam a pensar naquilo que é verdadeiro, nobre, correto, puro, amável, de boa reputação, excelente, e digno de louvor.
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