Autora: Paola Emilia Cicerone
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Destaques:
"Curioso destino, o do ruído: todos reagimos com aborrecimento, quando é excessivo, mas não o consideramos uma ameaça real para a nossa saúde. Ou, pelo menos, tendemos a minimizar os seus efeitos: todos sabemos que a exposição prolongada aos ruídos fortes, no local de trabalho ou numa discoteca, danifica o ouvido. Mas não pensamos que o ruído de fundo que nos acompanha quando trabalhamos num ambiente superlotado ou vivemos em lugares barulhentos pode traduzir-se em ansiedade, stress, insônia e até em patologias cardiovasculares. Na verdade, nós mesmos acabamos por contribuir para o problema, por exemplo, levantando a voz para nos fazermos ouvir ou aumentando o volume da rádio para "cobrir" os barulhos aborrecidos."
"O resultado é que vivemos num permanente estado de stress. O nosso organismo está feito para reagir ao barulho em todas as circunstâncias, mesmo durante o sono, ficando num estado de alerta: um comportamento perfeitamente lógico para os nossos antepassados, nos tempos em que um barulho súbito representava invariavelmente uma ameaça que exigia defesa. O problema é que hoje, esse mecanismo permanece inalterado, e se, racionalmente sabemos interpretar os diversos barulhos que nos rodeiam ? o tubo de escape de um carro, um estouro que ocorre abruptamente, o barulho de ferros feito por um bonde ? o nosso organismo continua a reagir, através da amígdala, a área do nosso cérebro destinada à análise dos sinais externos."
"Um estudo realizado em 2005, com mais de 3 mil crianças em várias cidades européias, mostra que um aumento de 5 decibéis atrasa em dois meses a aprendizagem da leitura. E em casa as coisas não são melhores: um estudo realizado pela University College de Londres sobre as emissões sonoras de alguns dos brinquedos mais populares mostra que muitos deles chegam a tocar o limiar do perigo, fixado em 85 dB, e por vezes ultrapassam-no. E isto tendo em conta que sejam mantidos a uma distância adequada, ou seja, cerca de 25 cm, enquanto que os próprios jogos se transformam num perigo real, se forem colocados perto do ouvido. A nuvem negra toca os jogos eletrônicos, especialmente as armas de brinquedo."
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