Olhando o cenário da igreja atual, vemos que temos excelentes programas de evangelismo e pouquissimos de crescimento espiritual...
Esta afirmação é um paradoxo: Como podemos ter programas de evangelismo, se não crescemos espiritualmente? Qual evangelho estaremos levando ao mundo, se não cremos no evangelho de Cristo (pois quem não vive plenamente o evangelho de Cristo não cre plenamente na sua eficácia...)? E no entanto é exatamente isso o que fazemos... Assim, esses programas ficam sendo exatamente isso: programas, e não uma atividade missionária, que brota de coração realmente convertido, que palpita com amor por aqueles que estão perdidos, a exemplo do coração de Cristo!
Por serem programas, acabam caindo para uma abordagem pragmática, onde se tenta alcançar o pecador a qualquer custo, ainda que ao preço de vilipendiar o próprio evangelho que pretendemos pregar. Mas o nosso afastamento da vivencia deste evangelho faz com que não tenhamos familiaridade com ele e, desta forma, muitas vezes não notamos o quanto a nossa "pregação" do evangelho afastou-se da pureza deste próprio evangelho, contaminando-se com os métodos e a linguagem própria do mundo.
Temos que reconhecer que não adianta tentarmos alcançar o mundo com o evangelho de Cristo se não acreditamos, não conhecemos e/ou não vivemos este evangelho! Não adianta tentarmos converter o mundo quando nós mesmos ainda não estamos convertidos. Convencer uma pessoa acerca de uma verdade, com argumentos lógicos, é muito fácil; mostrar para uma pessoa aquilo que Jesus operou na nossa vida é muito difícil, se não vivemos o que pregamos.
Digo mais: precisamos de programas evangelísticos porque o evangelismo espontaneo praticamente não existe. E porque não existe, se Ellen White é bem clara ao afirmar que nascemos no reino de Deus como missionários? Talvez seja porque ainda não nascemos realmente no reino de Deus...
O que precisamos é dar alimento espiritual e favorecer condições para que a igreja cresca espiritualmente. Muitos (talvez uma grande maioria) irão reclamar desta nova ênfase. Irão preferir "voltar ao Egito" das "panelas de carne", temperos de gosto forte, da mornidão e das aparências. Será preciso líderes fortes, decididos e comprometidos unicamente com Cristo, e não com estruturas políticas ou organizacionais. Sei que esta última frase é forte, mas expressa exatamente a forma como vejo esta questão. Quando a sacudidura e o reavivamento final acontecerem, estas instituições lamentarão a perda de membros, e consequente perda de receita. Apenas pela graça de Deus e pelo poder do Espírito Santo esta obra prosperará naqueles dias.
Por que não invovcarmos este poder agora? Por que não começarmos, com a graça de Deus, esta obra na nossa própria vida, nossa familia, nossa igreja? "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4:23)
Artigos, documentos, entrevistas e livros sobre música sacra
Visite e divulgue: http://www.musicaeadoracao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário